
A busca por soluções inovadoras e sustentáveis tem ganhado cada vez mais espaço na rede municipal de ensino de Ivoti.
Um exemplo recente dessa transformação é a implementação de um projeto-piloto com biodigestores, tecnologia capaz de converter resíduos orgânicos em biogás e biofertilizante.
A iniciativa teve início na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Nelda Julieta Schneck e, com o sucesso da primeira instalação, a meta agora é expandir gradativamente para todas as escolas do município.
O projeto é fruto de uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente e Educação, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental e proporcionar uma ferramenta pedagógica prática para os estudantes.
“A instalação dos biodigestores é um passo significativo para promovermos o desenvolvimento sustentável, além de representarem uma alternativa eficiente para a economia de recursos públicos”, destaca Ismael Petry, secretário de Meio Ambiente de Ivoti.
Educação e Conscientização Ambiental Caminhando Juntas
Além de ser uma solução ambientalmente responsável, a presença do biodigestor nas escolas permite que alunos e professores vivenciem, na prática, conceitos fundamentais sobre sustentabilidade, conscientização ambiental e reaproveitamento de resíduos orgânicos.
A secretária de Educação, Cristiane Spohr, ressalta que essa tecnologia se integra ao planejamento pedagógico das escolas.
“Nosso compromisso vai além da instalação dos equipamentos. Queremos que os estudantes compreendam a importância da conservação ambiental e levem esse aprendizado para suas casas e para a comunidade”, explica.
O primeiro biodigestor foi doado por uma empresa como forma de compensação ambiental. O investimento estimado em cada unidade é de aproximadamente R$ 17 mil, um custo que pode ser compensado pelos benefícios gerados a longo prazo, tanto em economia de gás quanto na redução da quantidade de resíduos orgânicos descartados.
Como Funciona o Biodigestor?
Todos os dias, cerca de dois quilos de restos de alimentos são inseridos no equipamento. Esse material passa por um processo de decomposição anaeróbica, no qual os micro-organismos transformam a matéria orgânica em biogás.
Esse gás é então canalizado diretamente para um fogão, onde as merendeiras preparam refeições para os alunos.
Com o avanço do projeto, a capacidade de processamento poderá chegar a 10 quilos de resíduos por dia, o que resultaria na geração de até seis horas diárias de gás.
Além do biogás, o biodigestor também produz um líquido rico em nutrientes, que tem sido utilizado na horta da escola.
No futuro, há planos de ampliar essa iniciativa, permitindo que a comunidade troque resíduos orgânicos pelo biofertilizante, incentivando a participação ativa da população.
Um Passo Rumo ao Futuro
A iniciativa foi bem recebida por alunos, professores e gestores escolares, demonstrando que soluções sustentáveis podem ser implementadas com eficiência no ambiente educacional.
Para o prefeito Martin Kalkmann, a experiência com o biodigestor na EMEF Nelda Julieta Schneck reforça a importância de apostar em novas tecnologias. “Acreditamos no potencial desse projeto e estamos empenhados em ampliar seu alcance.
A sustentabilidade deve ser um compromisso coletivo, e nada melhor do que envolver as escolas nesse processo”, enfatiza.
Ao unir inovação, educação e responsabilidade ambiental, Ivoti se posiciona como um exemplo de cidade que investe no futuro.
A implementação dos biodigestores é apenas o começo de uma jornada que busca integrar cada vez mais práticas sustentáveis à rotina escolar, inspirando novas gerações a cuidarem do meio ambiente.